Projetamos o restaurante Borgo Santa Cecília com uma base clara: criar algo com personalidade própria, maximizando o novo espaço e bairro, mas trazendo naturalmente muito da história e qualidades do antigo Borgo na Mooca. 

Já o Bargo, o bar que ocupa a antiga garagem logo abaixo do Borgo, foi um projeto cuja linguagem veio mais desta “ocupação” peculiar, buscando um “contraste complementar”, ou seja, algo bem urbano, uma conversa fora das bolhas. 

A ideia de criar um bar na garagem abaixo do restaurante foi algo natural pelo desejo de expandir o alcance e escopo do Borgo, pela sinergia entre os usos, e pela característica específica do bairro de Santa Cecília, um dos locais com ruas mais vivas da cidade de São Paulo.

O acesso ao Bargo é via a antiga rampa da garagem; uma rampa originalmente íngreme se transforma numa escada suave.

Dentro do salão, cimento queimado no piso, parede e tetos criam um ambiente cavernoso. Uma faixa amarela dá a volta em todas as paredes, remetendo ao uso original do espaço; mas, ao invés de diversos carros, temos agora um único corpo metálico nesse salão: um volume em telha ondulada que concentra o balcão, o bar e toda infraestrutura do local.

No fundo do salão, a parede que resguarda os sanitários recebe projeções provocantes, ficando desmaterializada, contrastando com a materialidade do metal.

E no miolo do salão, o teto em lajes painéis antigas é exposto e reforçado pela iluminação suave, maximizando o pé-direito, e criando uma ambientação crua.

A mistura de dois balcões com diversos sofás e poltronas pelo espaço permite um uso orgânico e casual, onde os drinks autorais desenvolvidos por Danilo Nakamura e Jotabê circulam livremente.  O bar é um destino próprio e um projeto autônomo, mas em absoluta sinergia com o restaurante acima (visite o projeto no menu do site), e todos eles sinérgicos com Santa Cecília e São Paulo.