Um predinho em Perdizes com três andares apenas, de meados do século XX, conta com três vagas cobertas com telhado cerâmico ao fundo do lote.

Nesse volume de apoio, numa lateral, há uma pequena edícula que faz parte do andar térreo. Originalmente utilizada como casa de empregados, a edícula estava em condições precárias quando fomos contratados para reformá-la, visando seu aluguel para residências artísticas e Airbnb.

Ela tinha uma parte com telhado cerâmico original e um puxadinho com telhado em fibrocimento na frente. Era um ambiente escuro, pouco ventilado e insalubre. O projeto manteve o telhado cerâmico original, mas demoliu todo o resto. Os três pequenos cômodos deram origem a um espaço integrado, e um estudo meticuloso de níveis permitiu a construção de um mezanino com cama e uma bancada de trabalho, com a escada chegando ao limite do pé-direito funcional.

Criamos um grande dômus de vidro separando o telhado antigo do telhado novo, de telhas metálicas sanduíche. Isso trouxe muita luz e amplitude ao espaço, resolvendo a questão das etapas e sistemas construtivos distintos. Além disso, instalamos uma clarabóia/janela de sótão no telhado original, acima da estação de trabalho.

O banheiro foi "encaixado" com muito cuidado na escada, e a máquina de lavar roupas aproveita a bancada em L da cozinha ao lado para ficar em um nicho voltado ao banheiro, otimizando ao máximo a área da reforma e sua funcionalidade.